sábado, 9 de fevereiro de 2013

Panic At The Disco


Lembram que eu mencionei certa feita que nem toda banda que atualmente está ruim necessariamente era ruim no começo, mas pode ter feito coisas interessantes no passado? Pois bem, agora imagine que uma dessas bandas resolva retornar às origens? Boa notícia não?

Esse é o caso do Panic At The Disco. A banda estreou em 2005 com o incrível álbum "A Fever You Can't Sweat Out" mesclando uma dezena de elementos inexplicáveis pra uma banda que começou a carreira fazendo cover do finado Blink 182 (pra lá de previsível musicalmente). Panic incorporava instrumentos de música erudita barroca, indie, elementos circenses, música eletrônica (dance, pra ser mais exato) e dark cabaret. Sendo que a primeira parte do álbum era totalmente dance/eletrônica enquanto que a segunda parte era totalmente vintage. Pra lá de original!

Outro aspecto pra lá de original eram as letras como Camisado que conta a luta do pai de Brendon Urie contra o alcoolismo, "Lying Is the Most Fun a Girl Can Have Without Taking Her Clothes Off" e "But It's Better If You Do": duas canções retiradas diretamente do roteiro do filme "Closer: Perto Demais" (recomendo o filme), "I Constantly Thank God For Esteban", canção que trata diretamente de como o culto religioso em muitas tem se tornado uma espécie de "show" onde a mensagem da fé em si tem pouca importância, além de "I Write Sins Not Tragedies" com um emblemático clipe que faz qualquer homem pensar duas vezes antes de casar com uma mina com histórico de infidelidade. Os clipes feitos pela banda para promover as canções do primeiro disco eram outro capítulo à parte, extremamente teatralizados.

O caso é que, depois de arrebanhar fãs mundo a fora, num acesso de criatividade (ou de falta dela, nunca saberemos) a banda mudou totalmente a fórmula e lançou o dolorosamente pop "Pretty Odd" em 2008, o que acerretou a perda do "!" no nome da banda, que passou de "Panic! At The Disco" para "Panic At The Disco". O novo trabalho foi uma decepção pra quem esperava algo na mesma linha do 1.ª álbum. A banda havia se tornado mais uma entre tantas bandas de pop suave sem nenhum diferencial criativo além de uma ou outra letras bonitinhas. Se você ouviu esse álbum e teve a impressão que era de música infantil, foi exatamente essa a impressão que tive ao ouvir "Pretty Odd".

Porém, ainda havia esperança de redenção, contando agora apenas com 2 de seus membros fundadores, o Panic se arrependeu de seus pecados e lançou "Vices & Virtues" em 2011. Fui ouvir mais por curiosidade que por esperança de que tivessem feito algo bom e que surpresa ao notar que, embora não fosse como o 1.ª álbum, havia algo de retorno às raízes! O som novamente empregada elementos alternativos mesclados do Indie, do lado eletrônico do Dark Wave e alguma sonoridade barroca dentro do contexto do pop contemporâneo como se tivessem harmonizado os dois primeiros trabalhos numa síntese bem coerente nesse 3.º álbum. Fiquei satisfeito ao ouvir e pensei: por que não criar uma linha do tempo no Billy To Indie que permitisse aos curiosos, decepcionados ou entusiastas do Panic comparar os 3 trabalhos? E assim, aqui estamos nós! Confiram:


Fonte: Wikipédia

Just keep rocking! \m/

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